quarta-feira, 25 de agosto de 2010

"Puramente ressacada, mas puramente forte..."


Sim! Realmente eu estou sozinha. Por agora sou apenas mais uma pessoa, mais uma rapariga, mais uma jovem… Sinto o vazio a enfrentar-me, fico na dúvida. Já não sei se é amor ou ódio, sei que não teria dado certo de qualquer maneira, fossem quais fossem as minhas acções. Já não existe sol, apenas a escuridão acompanha-me, e julgo que se não me sentisse sozinha (mesmo não estando), o sol estaria raiando sobre a minha cabeça fazendo-me sentir sóbria. Os sonhos tomam conta da minha mente, as leituras deixam-me pensativa e a escrita toma conta de mim, fazendo-me de apenas mais uma… Á noite, quando os meus olhos se fecham o Mundo rodopia sobre a minha mente e eu deixo-me querer adormecer sem dizer uma única palavra a mim mesma, sem nunca me curar.
Depois de me lamentar e de ter pena de mim, observo o amanhecer. Recordo-me do meu computador cheio de pó sobre a minha secretária e tento duramente captar o momento que me é destinado nas entrelinhas do destino e eu fico-me simplesmente pelos “não-pensamentos”. E ao fim de ter simplesmente sonhado com a droga no meu sangue eu recupero de uma dor de cabeça que me abalou assim que a noite acabou.
A caneta e o papel passam agora para memórias bem guardadas dentro de mim mesma, a cama em que me vou agora deitar mais vai parecer uma cama feita de pregos e a minha cabeça vai latejar mais do que o que latejara anteriormente. E quando todas as recordações me ameaçarem fazer cair da minha própria cama, eu vou esforçar-me para esquecer-me da desilusão que provocaram em mim. Irei sentir que estou distante de mim própria, vai parecer que cada passo que dei afasta-me do meu próprio lar e apenas só para completar, eu sei que não estive sozinha durante todo este tempo. Finalmente irei fechar os olhos e é aí que me apercebo que a vontade de vomitar está-se a precipitar, irei correr para a casa de banho fazendo um enorme esforço para as lágrimas não começarem a consumir-me todo o meu rosto.
E finalmente, depois desta vontade enorme que o meu corpo tem de reagir a uma noite não comum, mas igual a tantas outras, eu irei sentir saudades e vontade de me perguntar se mereço o que quer que seja.
Quando me vou deitar observo o que escrevi numa pequena folha de papel:
“A ressaca não tem um objectivo, não tem uma dor específica, e sente-se geralmente depois de se cometer vários actos que nos levam á loucura.”




Há imenso tempo que não escrevo, que não avisto o computador da mesma maneira. Desde que trabalho que ando exausta, que faço do trabalho o meu pensamento e que deixo todos os outros pensamentos no meu quarto, sozinhos sem mim por perto para se agarrarem... :´S

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Vou-me limitar a... Pensar em mim ;(

Tento não pensar na dor que senti, tento recuperar mentindo-me a mim mesma, fingindo que estou bem, ignorando tudo o que sinto. Recupero cada vez que beijo alguem e que não sinto nada mais… Recupero a cada golpe que esta vida me prega, tento fingir que nada sei, e alheio-me de todo o resto. E é agora que finjo que aprendi, que assimilo cada aprendizagem que este destino me dita. Pergunto-me se algum dia serei realmente feliz, mas a esta altura sinto que não vale a pena desistir e continou a lutar e tentar subir cada degrau que me é posto á frente; a tentar caminhar sem me deter com as pedras que me cobrem os pés. Vou simplesmente mudar, vou simplesmente esquecer. Não vou dizer que foi um erro, vou simplesmente dizer que foi um passado onde aprendi com os erros. E a esta altura vou-me segurar a cada empasse que me é imposto e por agora, mas só por agora eu vou tornar a deter-me por dentro, e largar-me por fora.
O passado já lá vai, o futuro há-de vir e o meu presente é assombrado por algo que ainda não passou. Sinto que me perdi nas acções; fugi dos objectivos, escondi-me dos meus principios e o meu auto-conhecimento de nada me valeu. Quero estar sosinha, mas não consigo. Quero fugir do mal que me rodeia, mas encontro-me a seguir na sua direcção.
Estou perdida… e nas asas do vento eu deixo-me seguir, sem nunca olhar para trás da maneira mais correcta. Sem nunca seguir com meus objectivos.
Vou desistir, vou abrandar, vou parar, só por um ano, só por uns meses, uns dias, umas horas… Tudo porque não me aguento a mim mesma. Não consigo confrontar-me da mesma maneira. Não vou conseguir sem poder estar sosinha de uma só vez.
São tantas as dores emocionais, são tantos os sentimentos que me abalam… Sinto.me ferida, despedaçada, mais do que nunca.


Eu só queria dormir uma noite, uma noite que fosse sem nunca pensar na dor, sem nunca senti-la.
Queria esquecer tudo o que me magoa, mas como não posso vou enfrentar-me, tornando a dizer a razao da minha dor em voz alta.
O tempo passa, os dias continuam a ser rápidos, mas a verdadeira razao da minha existencia não passa se não de uma duvida. Finjo-me perdida de mim mesma e quando me tento encontrar, pergunto-me se existe algo dentro de mim, algum sentimento, alguma dor… Mas tudo o que encontro é desilusão e uma vontade enorme de fugir de dentro de mim mesma.
Sonho alto e tudo o que me detem de partir são as bases que me faltam e tudo em consigo pensar é que já nem isso eu consigo fazer.
Já não consigo chorar, é como se doesse tudo por dentro. É como se me prendesse a respiração e já nada mais seria feito de mim se as lágrimas percorressem o meu rosto e mo deixassem coberto. Sinto-me seca por dentro, sinto-me fria, cada vez mais fria. Apercebo-me que as acções de outrém não me afectam da mesma maneira que anteriormente. E pelos vistos, conforto-me nessa frieza que existe dentro de mim; tomo partido dela e refugio-me, incentivando-me a ser mais fria.

Completamente ... Tranformada!

Fora simplesmente um passado cheio de más recordações. Eram algo, até eu saber da verdade em cheio, de assimilar a informação que não conseguia controlar e adquirir forças para recomeçar a lutar.
Hoje, um dia não igual aos outros e comum a todos, eu sinto-me dormente ao enfrentar-me. Recordo cada paço que dei, recordo cada palavra e é agora que sinto que os sinais desta amarga luta pela sobrevivência. Hão-de sarar e por agora, mas só mesmo por agora vou enfrentar-me!

“Sentia-me particularmente amparada da própria dor. Era algo reconfortante sentir-me assim, mas não normal com ele. Em pequena ele era para mim o meu ídolo, durante o inicio do meu crescimento tornou-se a razão para tudo e agora, durante a descoberta do meu próprio auto-conhecimento, ele é analisado, reconsiderado, julgado perante cada acto e compreendido. Com tudo, não deixa de ser quem é, e nada posso fazer quanto á imagem que criou no passado...”

"Mais forte do que pensava e no fundo... mais fraca..."

“Nada mais importava... Todas as memórias estavam ao rubro e todos os problemas eram-lhe confrontados. Seus olhos contemplavam-no num amor enriquecido de carinho e desejo. Tantas palavras sobressaltavam-lhe a mente mas nenhuma se atrevia a assombrar-lhe a voz. Seu olhar tremia pela ânsia dos lábios dele e a sua garganta era ferida por cada trave de sua saliva. Ele fitava-a sem ela se aperceber e ela escondia o medo e o receio que tinha de ele não a amar.”

Na última vez que tivemos juntos ultrapassei o meu próprio trauma. Tentei fugir da parte emocional, tornei-me fria e escondi-me de mim mesma. Com as lágrimas nos olhos não lhe pude dizer nada do que sei hoje sobre mim e menti-lhe. A única culpada era eu, só eu podia ser julgada por alinhar no jogo da emoção, do sentimento e do medo. Só eu poderia ser julgada, mais ninguém!
E tudo o que ganhei, eu perdi... Porque agora estou morta por dentro, estou completamente perdida dentro de mim mesma.


Quando o avistei, á porta do meu prédio, eu não me controlei. Só o queria abraçar, beijar, dizer-lhe quão falta ele me fez durante estas semanas e o quanto sofri por ele não estar. Sinto o coração a palpitar fortemente, a garganta arde, a saliva queima-me e só a sua presença acalmava-me a cada momento que passava (…)”

Tornei a vê-lo. Após ter conquistado tantas lutas dentro de mim, após ter desistido de lutar por mim mesma, ele apareceu... Fora como anestesia, fora como se tivessem curado a maior das minhas feridas, como se finalmente houvesse cura para o que eu sentia por dentro. A sua voz acalmou-me, a sua presença fizera todas as feridas adormecerem e nada mais se fez sentir dentro de mim, para alem do coração palpitar demasiado e de eu me sentir bem pela primeira vez em semanas.

Provei-lhe aquilo que me tornei, demonstrei-lhe que cresci e fiz-lhe ver que ele era aquilo que eu mais desejava em toda a minha vida. Apesar de ele não me ver com os olhos inchados, de não saber o quanto chorei por dentro e de nunca vir a saber quão profundas são estas feridas, eu vou lutar mais do que nunca por ele. Ele vai-se aperceber que é o meu primeiro pensamento do dia e o último da noite. E quando assim for vou fazer com que ele confie em mim e depois confiar eu nele, mais do que ninguém.
E de seguida sei que o amor se desvanecerá e que tudo por aquilo que passei não passará de um passado.
“ Não passa de mais um! Igual a todos os outros! Mais uma pessoa que criou desilusão, tristeza, amargura, infelicidade e que me fez aprender e renascer de novo para a vida!”
Hoje apercebi-me que ele se afastara. Só passara dois dias, mas ele estava estranho, tal como nunca estivera. Falou-me friamente, não parecia ele. Depois de me ter atirado todas aquelas pedras, depois de eu ter desconfiado ele era aquilo que eu mais odiava numa pessoa. Eu estranhei mas cai que nem uma burra, porque eu era assim, mas não era estúpida. E assim que as palavras dela me confrontaram, que a verdade avassalou por completo a minha alma eu pude ver tudo á minha volta, pude perceber o quão as pessoas são diferentes daquilo que aparentam, ainda mais do que o que achava. Mas agora passo a citar a o seguinte provérbio, ou ditado, o que quer que seja: “A vingança é um prato que se serve frio!” Então a partir de agora, a vingança que já existia dentro de mim, passa a ser ainda maior, passo a saber usá-la, por mais que doa, vou passar a não sentir nada. A ser aquilo que a mais ninguém dá jeito que eu seja. Passo a odiar cada pessoa que não conheço, passo a ver o mal em cada uma e passo a confrontar-me antes de agir. Agora, para além de ser pessoal, passa a ser uma crítica e uma manifestação de tudo o que aprendi e a partir de agora... Passo a ter a certeza que o amor não existe e que a perfeição e o final feliz nunca existiram e nem nunca existirá, principalmente no meu livro de vida.
Depois das palavras dele, das mentiras que ele me tentava convencer, eu estava redondamente furiosa. Precisava de o ver, de lhe olhar nos olhos e dizer a mim mesma o quão a minha consciência estava limpa. Pensar que ele fora o homem por quem me apaixonei e repetir mentalmente que ele era tudo aquilo que eu odeio, tudo aquilo que eu repugno, tudo aquilo por quem eu me iria vingar.
Agora, quem metia nojo era ele. Ele estava coberto de mentiras, de falsas palavras e acções. E as saudades que eu tinha do homem que me fez passar por parva. Mas como não sou estúpida e quem ri por último ri melhor, eu irei assustá-lo. Ele irá dizer que precisa mais de mim do que eu dele e eu irei esfregar-lhe na cara que tudo o que disse terá sido uma mentira, uma bela mentira que me conforta agora, agora que já não consigo dormir...

“ Ela só precisava de ter a certeza que não era verdade, só precisava de não se sentir traída, magoada e usada. Precisava que alguém a amparasse daquela dor que ela não controlava, sentou-se no alcatrão, sujo e imundo pela passagem do carro dele. Repetiu para ela mesma que ele era só mais um e tornou a jogar consigo mesma ao tentar convencer-se que ele não era nada para ela e que ela não passa daquilo que sempre foi…”

Tudo porque te conheci :(

“Sinto que não há motivo para viver, não com o coração partido, quebrado, completamente magoado. Sim é delicada esta situação, é completamente nova mas a única responsável por estar assim sou, é simples… É um facto. Quando tu disseres que tudo acabou, eu vou cair, vou criar ainda mais feridas dentro de mim e uma vez mais, serei eu a responsável. Estou a cair aos pedaços; estou completamente acabada. Juro que tento a todo o custo combater as lágrimas, mas elas vencem-me e acabo sempre a chorar.
Como dói! Como dói esperar algo, ter esperança, ou ate mesmo recordar. Vai ser uma longa e árdua luta: ter conhecimento dos meus próprios sentimentos; amar-te e tentar sobreviver a uma asneira que fui eu que cometi. Mas observar-me-ei por dentro e por fora, estarei atenta a cada passo que dou e pode ser que um dia eu possa vir a dizer que fiz tudo por amor… “

The love :S

Contaram-me em pequena, que o amor existia e que o controlávamos. Não… o amor não existe, pessoalmente não acredito mais nele, não acho que exista e muito menos sendo ele controlável. Porque não é.
Esse suposto amor que achamos que existe é uma farsa, uma desculpa para chorarmos, para rirmos e para nos sentirmos bem. É uma mera anestesia para a dor provinda de outros, uma ferida que não seja curável, é uma desculpa para a esquecermos. O amor é a nossa destruição, é a nossa defesa e a nossa maior fraqueza. A paixão é errada, é desoladora e magoa mais do que nos faz feliz. Usamo-la como se fosse o nosso próprio oxigénio e não percebemos que é simplesmente uma droga, um vício que nos mantém fora de nós mesmos. E sem querer torna-nos nas pessoas mais amarguradas que existem, ou nas pessoas mais felizes, que nem se quer sabem que mais tarde irão sofrer a triplicar.
Não me podem culpar de fugir a este sentimento, não me podem mentir e muito menos enganar. E foi o que fizeram comigo. Desde pequena… Desde criança que sonho que o amor existe, que o homem é o meu grande desejo e que eu seria a mulher de alguém, mas até agora… eu sinto medo… eu fujo de cada acção que eu própria cometo por ti. Julgo-me sem saber a verdadeira razão… e espero tornar-me um dia destes um nada para ninguém, como tem sido sempre; como tenho obrigado o destino a ditar assim. Tenho esperança de mudar, eu sei que mudaria, por ti… Mas se assim não for eu sei que tornarei a deixar claro que eu dito as regras ao destino, e que só me acontece aquilo que eu faço por acontecer.
Deixei bem claro ao destino que o amor não existe, não passa de uma fantasia para algumas pessoas. E depois desta noite eu obrigo-me a dizer o teu nome em voz alta para obrigar-me a não sentir nada. Quando a noite passar, quando o sol se fizer sentir eu esperarei um dia inteiro para que o destino se faça sentir também. Se ele não se fizer sentir, eu tomarei a minha própria decisão, magoando quem tiver que magoar, doendo o que tiver que doer…