*“And you can't fight the tears that ain't coming (…) yeah, you bleed just to know you're alive” – Iris Goo Goo Dolls
Sentia-me derrotada, de novo… A vida tinha vencido, derrotando-me numa só jogada. Estava completamente sozinha na posição de perdedora, era a única…
Todos se encontravam do outro lado da barreira, como igualmente, vencedores. Sorriam e passavam por mim, a uma velocidade constante enquanto eu parava, sorria fingidamente e fazia esforço, não completamente o necessário, mas algo que já não me desgastava. Que já não me empurrava para a frente, só disfarçava, só mentia socialmente.
Intenções, não agradáveis, se dirigiam a mim de terceiros e eu fugia. Não como uma lebre foge de qualquer que seja o seu predador, mas como um gato que finge ter medo e esquece que tem unhas para enfrentar toda uma serie destes mesmos.
Já cansada de fingir, de estudar o meio que me rodeava, escondi-me. Ergui forças para fugir da realidade, aumentei o meu disfarce e esqueci onde estava. Tornando assim, por designar-me uma perdedora; uma triste, única e solitária perdedora de um só jogo.
"The arrow of longing, hits the target before we take aim. The answer sleeps in the question. The lost treasure is our foundation" by Sam Keen
sábado, 20 de março de 2010
quinta-feira, 11 de março de 2010
Nightmare
Já não havia rasto do sol, as estrelas amontoavam-se lentamente e completavam a luz da lua que agora estava cheia.
Enchi os pulmões com o doce ar daquela noite. Recordei-te.
As lágrimas tornavam a ameaçar-me com a sua presença, enquanto no meu rosto de formavam pequenas rugas de expressão, de dor e de saudade.
Tornei a inspirar e expirar com cada vez mais força até sentir o peito doer de tal maneira que sentia o sangue quente a percorrer as mãos e os braços até consumir-me a garganta.
Admirei o céu de um azul-escuro que mal se diferenciava do preto; revi cada estrela, espreitei a lua e desci de novo até sentir-me estatelada no chão. Estava tão embrenhada nos meus pensamentos, nas minhas memórias e nos sentimentos que nunca foram verdadeiramente reais que nem me apercebera até aquele exacto momento, que nunca tinha saído do chão para espreitar a lua e que nunca tinha observado de perto cada estrela e que nunca tinha perturbado aquela pequena e amarga noite de pensamentos e memórias que nunca existiram.
Deixei-me ficar no chão. Deitei-me de barriga para baixo deixando as lágrimas consumirem-me verdadeiramente enquanto o buraco que nunca sarara se fazia sentir. A dor piorara, sentira-a mais forte, mais forte que eu mesma.
E quando já me sentia sem forças para lutar contra, juntei-me a ela, sofrendo, abusando dela com todas as minhas força para deixar tudo aquilo que me consumia naquele curto espaço de tempo e de memórias.
“ Por mim bem que ficava por ali a vida inteira, mas sou um animal como os outros (…)” Pedro Paixão – cala a minha boca com a tua.
Enchi os pulmões com o doce ar daquela noite. Recordei-te.
As lágrimas tornavam a ameaçar-me com a sua presença, enquanto no meu rosto de formavam pequenas rugas de expressão, de dor e de saudade.
Tornei a inspirar e expirar com cada vez mais força até sentir o peito doer de tal maneira que sentia o sangue quente a percorrer as mãos e os braços até consumir-me a garganta.
Admirei o céu de um azul-escuro que mal se diferenciava do preto; revi cada estrela, espreitei a lua e desci de novo até sentir-me estatelada no chão. Estava tão embrenhada nos meus pensamentos, nas minhas memórias e nos sentimentos que nunca foram verdadeiramente reais que nem me apercebera até aquele exacto momento, que nunca tinha saído do chão para espreitar a lua e que nunca tinha observado de perto cada estrela e que nunca tinha perturbado aquela pequena e amarga noite de pensamentos e memórias que nunca existiram.
Deixei-me ficar no chão. Deitei-me de barriga para baixo deixando as lágrimas consumirem-me verdadeiramente enquanto o buraco que nunca sarara se fazia sentir. A dor piorara, sentira-a mais forte, mais forte que eu mesma.
E quando já me sentia sem forças para lutar contra, juntei-me a ela, sofrendo, abusando dela com todas as minhas força para deixar tudo aquilo que me consumia naquele curto espaço de tempo e de memórias.
“ Por mim bem que ficava por ali a vida inteira, mas sou um animal como os outros (…)” Pedro Paixão – cala a minha boca com a tua.
sexta-feira, 5 de março de 2010
Everything show up
Esperei pelo dia, esperei horas, noites, mas aquele dia continuava sem chegar. A respiração prendia lenta e furtivamente cada vez que pensava no assunto. A falta de ar era tanta que chegava ao ponto de ter de abrir as janelas e respirar em frente a uma, para me acalmar. Senti a pele a arrepiar, o pulsar do coração nos ouvidos e o momento a chegar. Não conseguia perceber o porquê, os motivos a que me levaram àquele momento, mas eu continuava ali, a assumir as consequências dos meus actos. Não me movi, não duvidei, mas encarei de frente o facto de ter ali ele. Um completo estranho que no fundo me fazia feliz.
terça-feira, 2 de março de 2010
Ferida
Continuava a senti-la a perscrutar cada milímetro do meu peito, a irromper cada fracção de segundo com uma dor. Há meses que a sentia adormecida, apaziguada, constantemente dilacerada. Mas ela continuava ali, a abrir, a infectar a cada minuto que a tentava esquecer. Não era um sonho, não era um pesadelo, não era uma simples dor e muito menos uma simples ferida, nada fácil de curar. Sentia as lágrimas a queimar-me, a consumir-me e a enfraquecer-me. Estava tudo completamente errado. Sentia-me ferida, perdida e de novo, esquecida.
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