O silencio… Como era impossível de o descrever, impossível de o deter em mim própria, também. Quando ele me invadia eu sussurrava palavras carregadas de sofrimento a mim própria e quando a solidão o prescrevia a tua imagem surgia entre tantas outras recordações.
Quando a voz de alguém se sobrepunha a todas as recordações eu gritava, gemia, indagava para dentro sem nunca deixar-me ouvir ninguém. Tinha o talento nato de me abstrair, de me isolar perante situações a que no qual eu não quereria ouvir, enfrentar, (…)
Sentir-me sozinha não era propriamente o que eu queria, eu queria algo mais, algo impossível. Queria ter sucesso no que faço, destacar-me em cada situação a que realmente eu sou dedicada, queria ter-te… Mas na vida quem tudo quer (nada tem!), e isso é uma verdade pura acabada de ser idealizada por mim. Quando penso no tema solidão o primeiro facto que me ocorre é simplesmente não ter ninguém. Mas raramente é esse o facto que predomina em mim. Quando a solidão irrompe todo o meu ser eu sinto-me desafortunada quanto ao amor, é o sentir a imaginação a trabalhar quando não se tem que pensar em alguém ou em apoiar quem quer que seja. Para mim o silêncio é a causa da solidão e a consequência desta não é nada mais, nada menos que a imaginação (a tão chamada “maluquice” e anormal).
Antes de mais uma pequena observação que aprendi no curso em que me encontro: O conceito de normal cada um o define para si mesmo, seja quais forem os princípios que cada sujeito impõe sobre este conceito.
"The arrow of longing, hits the target before we take aim. The answer sleeps in the question. The lost treasure is our foundation" by Sam Keen
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
sábado, 26 de dezembro de 2009
Natal 2009
Não sei porque comecei a escrever aqui. Tudo aqui escrevo não passa de medos, de pequenas ternuras e de pequenas ansiedades em nunca revelar isto a quem mais me magoa… Tudo o que aprendi neste Natal de 2010 foi a valorizar os pequenos momentos em que no qual mais bem nos fazem. Aprendi que o Natal pode ser Natal sem interesseiríssimo, hipocrisia e cinismo. Compreendi que aprender faz parte da vida; que ser magoado é aprender… Pelo menos para mim… Não voltarei a cometer certos erros que me magoam e que continuei a cometer. Não consigo repetir, voltar á mesma roda constante de erros. Os sentimentos aparecem quando menos se espera, e as emoções então… As emoções são as que mais nos fazem cometer os erros e seguir em direcção aos sentimentos.
Neste mar, embrenhado de erros, mentiras, hipocrisias eu encontro-me; eu destaco-me! Por simplesmente ser diferente: não fecho os olhos ao passado e não deixo os erros voltarem ao presente. Não me escondo, não fujo e muito menos finjo que nunca aconteceu! Sou verdadeira, - posso até ignorar erros que já foram falados e discutidos, mas nunca os esqueço! – Sou simplesmente frágil e magoo-me facilmente por isso que evito discussões, erros… ausento-me fácilmente desta sociedade por ser tão frágil… será isso completamente errado?
Digam-me, porque realmente eu não sei… Mas estou tão farta, tão cansada de ser magoada e de magoar quando realmente quero ser feliz… Tão cansada! Tão farta de lutar por pessoas que nunca mereceram ou mereceriam o mínimo de mim!
Já me sinto exausta pelo Natal que veio, pelos dias que virão, pelas pessoas que irão de vir, pela de mais hipocrisia, pelo cinismo, mentiras, saudades e lágrimas que terão que vir…
Neste mar, embrenhado de erros, mentiras, hipocrisias eu encontro-me; eu destaco-me! Por simplesmente ser diferente: não fecho os olhos ao passado e não deixo os erros voltarem ao presente. Não me escondo, não fujo e muito menos finjo que nunca aconteceu! Sou verdadeira, - posso até ignorar erros que já foram falados e discutidos, mas nunca os esqueço! – Sou simplesmente frágil e magoo-me facilmente por isso que evito discussões, erros… ausento-me fácilmente desta sociedade por ser tão frágil… será isso completamente errado?
Digam-me, porque realmente eu não sei… Mas estou tão farta, tão cansada de ser magoada e de magoar quando realmente quero ser feliz… Tão cansada! Tão farta de lutar por pessoas que nunca mereceram ou mereceriam o mínimo de mim!
Já me sinto exausta pelo Natal que veio, pelos dias que virão, pelas pessoas que irão de vir, pela de mais hipocrisia, pelo cinismo, mentiras, saudades e lágrimas que terão que vir…
I feel me sick
As vozes da multidão arrastam todos os meus pensamentos enquanto tudo o que quero, tudo o que desejo não é nada mais do que a minha felicidade, contigo... Junto-me á multidão e toda a felicidade que imaginava estar a seguir é invadida pela escuridão horrenda que me persegue. Deparo-me contigo, ao meu lado. Nada... Absolutamente nada... Nada acontece... Sigo o seu olhar por momentos e sinto-o vazio. O gelo a rodeia o meu coração enquanto a dor se depara nos pulsos e nas pernas... Julguei por momentos que o seu olhar nunca se tinha cruzado com o meu... os joelhos começaram a tremer com o esforço enquanto o coração era envolvido com tal brutalidade pelo gelo que eu não consegui aguentar... deixei-me levar pela força do vento que me envolvia e me atingia fugazmente quando me deparo no chão, debruçada sobre o peito e respirando com dificuldade, outras dores me atingiam mas eu não as sentia devido ao facto do peito doer tanto ao ponto de não conseguir respirar... Seus olhos movimentaram-se para seguir o trajecto das minhas lágrimas enquanto o seu corpo parou de se mover. Seu rosto estava impecavelmente desagradado com a situação e os seus lábios perfeitamente delineados comprimiam-se. Senti as suas mãos a moverem-se na minha direcção mas o facto de a sua beleza ser tão admirável deixei-me ser transportada pelo seu enorme corpo enquanto os meus olhos memorizavam cada pormenor seu (...)
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