terça-feira, 16 de junho de 2009

sentada á tua espera...

A saudade passa por mim a uma velocidade constante enquanto a memória do teu rosto anseia em matar-me. Talvez...Talves esteja errada mas tu, tu até agora não apareces-te...
Começo a perguntar-me o que será de mim se tu não... se tu não...se tu não voltares. Sinto a solidão a rodiar-me e a asfixiar-me cada vez mais e a impotência toma conta do meu corpo sem se aperceber que eu não farei qualquer contradição a esta. Os sonhos causam-me esperanças mas brevemente sei que nenhuma esperança pode arrebatar a saudade e a solidão que me matam.
Estou sosinha...não imploro, não contradigo, simplesmente morro encostada á parede preta.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

vazio...


Esperei imenso tempo e não apareceu... Sentei-me nos degraus da escada e sorri a todos os que passavam por mim. Estava cansada de sorrir e de ficar ali, á espera... Abri caminho por entre a multidão que me observava atentamente e fingi estar bem... Voltei a sorrir... Cada rosto que ali estava assemelhava-se a uma parte de cada memória reflectida do meu passado e eu… Eu continuava a sorrir como se nenhum daqueles rostos me fizessem sentir magoada e nenhum abrisse as feridas que em outro tempo estavam saradas. Sentia os olhos de todos aqueles rostos pousados sobre mim, mas continuava a seguir caminho e a sorrir. E quando olhava para cada olhar vazio sentia pequenas feridas a abrirem-se em cada zona do meu corpo, criando assim pequenos buracos. E a esta hora, por dentro, eu parecia um queijo suíço quase a desfazer-se em pequenos fragmentos salgados. Quando finalmente ultrapassei toda aquela multidão senti-me livre e finalmente o sorriso desaparecera do meu rosto e as lágrimas cobriram toda a minha pele. Poder observar cada rosto foi doloroso, mas pior ainda foi não rever a pessoa por quem tanto eu esperara… A esta altura sentia-me inútil, desiludida, perdida, sozinha e esquecida…