quarta-feira, 15 de abril de 2009

End, ... the end.

Há meses que temia aquele dia, avancei sem pensar na sua direcção cruzando os braços e sem fazer qualquer movimento para evitar a chuva. Ele disse-me que se ia embora e eu petrifiquei. As ondas de dor que, anteriormente me tinham apenas tocado ao de leve, elevaram-se agora bem alto precipitando-se sobre a minha cabeça e empurrando-me para o fundo. Algo começou a vir á superfície, algo que eu não queria enfrentar, algo que dói e não mata. Depois do disparo das suas palavras frias seguiu-se o terror. Estava atordoada, era difícil concentrar-me. As suas palavras rodopiavam na minha cabeça. Tentei não demonstrar fraqueza. Respirei normalmente. Tinha de encontrar uma forma de sair daquele pesadelo e deixar de sofrer. Ele virou costas ao meu sofrimento e ao terror que me rodeava e foi-se embora.
- Ele vai-se embora! – Gritei por dentro.
Quando o seu vulto desapareceu por entre a escuridão comecei a correr. Com as pernas a tremer e ignorando a minha atitude de nada valer, segui o seu rasto, emaranhando-me ainda mais na escuridão. Continuei , se eu parasse eu sabia que estava a admitir que tudo estava acabado e que tudo teria tido um fim. Sentia o tempo parado e o seu nome, provindo da minha garganta, ecoava na penumbra. Quando ouvi a minha voz a chamar o seu nome, tudo aquilo que matava o meu interior arrebatou-me. Esperava desmaiar, ou mesmo morrer, mas para azar o meu, não aconteceu. Deixei-me cair no chão gélido e por fim adormecer para acordar a chorar.

2 comentários:

Anónimo disse...

Este é sem duvidas, o que mais gostei. :3
A sério, amei-o. :D
Está mesmo bonito,believe in me. (:
AMO-TE SISTER, mean a lot. <3 :'D

Francisco disse...

Obrigadoo Ana! *.*