quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Dead


"Gostava de saber se quando estou longe tu evitas as memorias do teu amor por mim (...)" - Escrevia um homem amargurado e com o coracao despedacado pela saudade, recordando que todas as noites ele sofria por estar longe da mulher que toda a vida amou e do quao desprotegida a deixou no seu pais de nascenca.
Ele tremia de ansiedade, de desejo, de dor... as suas maos asperas, os seus dedos cobertos de sangue ja limpo de outros tantos que matou. Hoje ele tinha um sorriso triste, mas nao deixava de ser um sorriso; hoje prenderam e mataram todos os inimigos daquela aldeia. Hoje vira camaradas a violar mulheres, hoje sentira a dor doentia dos seus companheiros... sentia-se um nojo, um homem que nao prestava, mais um que merecia ser morto! Mas como fraco que ele era, continuava a lutar pelo egoismo de poder voltar a amar a sua querida Julie; mulher que mais apreciou ate hoje, mulher que, quando sorria contagiava-o, deixando os seus proprios olhos radiarem de felicidade.
Voltara a lembrar-se de quando passaram a primeira noite juntos: apreciando as estrelas; deitados na areia e jurando amarem-se para sempre.
O que ele queria realmente era desfazer-se da guerra; poder continuar a constuir um futuro junto de sua amada; mas ja ha noite (todas as noites), tudo o que desejava era esquecer-se temporariamente do amor que tem dentro do peito, das boas recordacoes que o matam cada dia que continuava naquela maldita guerra. (...)
p.s. os tres ultimos pequenos excertos foram inspirados numa historia veridica que nada tme a ver com amor, mas que tudo tem a ver com tal (...)

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