sábado, 20 de fevereiro de 2010

Bela Mentira

Esta manhã levantei-me. Senti a minha amada ferida aberta, não por ter pensando naqueles momentos que nunca existiram, mas por realmente sentir-me a trair algo em que eu acreditava. Lembrei-me de prometer que esperava, que ficava ansiando a sua presença, mas assim não o fizera. Fechei a mão. Ergui toda a minha força e preguei um murro na mesa. Julguei-a ter partido, mas com a força da adrenalina não sentia dor alguma… Fechei os olhos, senti as lágrimas a percorrer o rosto. Lágrimas de desilusão, mentira e de algo mais secavam-me por dentro. A memória tornou a ser invadida… O teu rosto, o teu sorriso, o teu pequeno toque na minha pele, todas as recordações me arrepiaram.
A dor era tanta e o sofrimento ainda maior.
Pequenas gotas de sangue percorriam o meu braço. Estava com ele erguido para cima, sentia-o gélido. Perguntei-me se já se lembraria de mim, mas arrependi-me. Comecei a pensar, a chegar a conclusões que nunca deveria ter chegado. Agora segui em frente. Lavei a ferida da mão e o sangue que desta escorria pelo braço. Observei-me no espelho. Os olhos verdes acastanhados estavam inchados, vermelhos e que me davam um aspecto horrível. Sentei-me na sanita. Não sabia o que pensar, nem o que julgar daquela situação. Estava então a aperceber-me que se calhar a minha bela mentira, não passava mesmo disso: de uma bela mentira, criada pela minha mente.

1 comentário:

Anónimo disse...

Já sabes a minha opinião, mas vou dizer-te mais uma vez! :)
Gostei muito do texto, aliás, costumo gostar sempre! Escreves com verdade, e acima de tudo, é isso que importa. Não pares, sim? LOVE YOU SISTER. <3